Engravidar após os 35: tudo que você precisa saber

“Quero engravidar após os 35 anos. Será que ainda dá tempo pra mim?”

Essa é uma pergunta que ouço com frequência no meu consultório e nas minhas redes, e ela sempre vem de mulheres incríveis, profissionais bem-sucedidas, que adiaram a maternidade por razões legítimas: carreira, estabilidade, relacionamentos, amadurecimento.

Mas agora o desejo bateu forte e, junto com ele, o medo de já ser tarde demais.

Agora, quer saber a boa notícia? Ainda é possível engravidar.

No entanto, preciso ser honesta: o corpo não espera a vida se organizar.

Se você tem 35 anos ou mais e está decidindo ou tentando engravidar, este artigo é pra você. Nele, vamos conversar sobre o que a idade realmente muda na fertilidade, o que ainda é possível fazer e o que você precisa saber antes de tentar (ou continuar tentando).

O que a idade realmente muda?

Vamos ser bem diretas: a fertilidade feminina começa a cair aos 30. Aos 35, essa queda acelera, e depois dos 37, ela despenca.

Eu sei, isso não é nada animador de se ler, mas preciso te dizer que não tirei esses dados do nada: eles vêm da ciência

Um estudo publicado no Human Reproduction mostra que, aos 30, a chance mensal de engravidar é de 20%. Aos 40, esse número cai para menos de 5%.

Essa queda acontece por dois motivos principais:

  1. A quantidade de óvulos diminui

  2. A qualidade dos óvulos também cai

Ou seja, engravidar após os 35 não se trata apenas de ter menos óvulos. Junto com a quantidade reduzida de gametas, existe um grande problema:

As maiores chances de  alterações genéticas, que afetam tanto a fertilização quanto o desenvolvimento saudável do embrião.

Além disso, com o passar dos anos, há alterações hormonais sutis que afetam ovulação, ciclos menstruais e até a receptividade do útero. A gente continua ovulando, mas nem sempre com eficiência.

Ah, mas não existe só a questão feminina: espermatozoides também envelhecem e perdem qualidade.

Engravidar após os 35: o que pode dar errado?

Engravidar depois dos 35 é possível, mas tem mais riscos.

O corpo, com o tempo, vai acumulando inflamações, toxinas, carências nutricionais, estresse, e tudo isso pesa no momento de gestar.

E alguns dos riscos mais comuns são:

  • Diabetes gestacional

  • Pré-eclâmpsia

  • Parto prematuro

  • Restrição de crescimento fetal

  • Riscos genéticos aumentados, como a Síndrome de Down

Por isso que o preparo pré-gestacional não é só sobre engravidar, mas também sobre sustentar uma gestação saudável até o fim.

Hoje, com os avanços da medicina, podemos contar com ferramentas como o DGP (diagnóstico genético pré-implantacional), mas ele não é capaz de evitar todos os riscos, apenas de detectá-los.

E a FIV? Ela resolve o problema?

A reprodução assistida é uma ferramenta incrível, mas não é garantia de engravidar.

Muitas mulheres acham que podem “resolver depois com uma FIV”, e isso me assusta.

A realidade é que as taxas de sucesso da fertilização in vitro também dependem da idade.

Com menos de 35 anos, a taxa de sucesso por ciclo de FIV é de cerca de 40%.
Após os 40, essa taxa pode cair para menos de 10%.

A realidade é que a FIV não corrige óvulos com baixa qualidade nem compensa um corpo despreparado.

E o que isso significa?

Significa que, mesmo com acesso à melhor clínica, aos melhores especialistas e às melhores técnicas, o resultado pode não vir se não houver preparo físico, nutricional, emocional e metabólico.

O preparo pré-gestacional muda tudo

A maior virada de chave está aqui: preparar o corpo antes de engravidar.

Preparo não é luxo, é o básico que ninguém te contou.

E quando você se organiza antes, ganha três coisas:

  1. Aumenta as chances de engravidar

  2. Reduz os riscos da gestação

  3. Constrói um ambiente saudável para o bebê

O que falei acima vale não só para quem vai fazer uma FIV, mas também pra quem quer tentar uma gestação espontânea.

Planejamento antes de engravidar é como reformar a casa antes da chegada de um hóspede muito esperado. Afinal, você não começa a obra quando ele já está na porta, certo?

Nutrição: uma aliada poderosa rumo à maternidade após os 35

Você já ouviu por aí que “nutrição não engravida ninguém”?

Sim, isso é verdade, mas também é verdade que ela pode multiplicar em até 5x as chances do positivo acontecer.

Sabe como?

  • Reduzindo inflamação crônica

  • Equilibrando hormônios

  • Corrigindo deficiências nutricionais

  • Melhorando a qualidade dos óvulos

  • Fortalecendo a microbiota intestinal e vaginal

  • Preparando o útero para receber um embrião saudável

Tudo isso de forma natural, individualizada e com respaldo científico.

Nutrição para engravidar não se trata de cortar glúten ou tomar uma cápsula mágica, e sim sobre olhar sua história, seu corpo e sua fase de vida com profundidade.

Quer engravidar após os 35 anos? Então cuide do seu estilo de vida.

Deixa eu te perguntar algumas coisas:

Você dorme bem?
Está sob estresse constante?
Pratica exercícios?
Você tem contato frequente com plásticos, cosméticos ou alimentos ultraprocessados?

Por que estou te fazendo todos esses questionamentos? Porque tudo isso impacta sua fertilidade.

Justamente por isso que um bom preparo pré-gestacional envolve muito mais do que “comer melhor”.

Pois é, se preparar para engravidar engloba uma mudança de ritmo, de olhar, de intenção.

Os exames que revelam o que está invisível

Antes de começar a começar as tentativas, especialmente se você quer engravidar após os 35 anos, é imprescindível fazer uma investigação, ou seja, fazer uma bateria de exames para investigar a sua fertilidade (e a do seu marido também).

Se você é mulher, se prepare para solicitar os seguintes exames ao seu médico:

  • Hormônio antimülleriano (AMH)

  • FSH, LH, estradiol

  • Ultrassom com contagem de folículos antrais

  • Perfil inflamatório e vitaminas

Para os homens, o ideal é que, pelo menos, investiguem o seguinte:

  • Espermograma

  • Testosterona e hormônios sexuais

  • Marcadores inflamatórios

Infertilidade sem causa aparente é um mito. O que existe é infertilidade mal investigada. Por esse motivo, conversar com o médico e pedir a ele exames que ele inicialmente não solicitou é fundamental para que o sonhado positivo seja conquistado.

E se você investigou e não teve resultados muito animadores, lembre-se sempre disto: diagnóstico não é sentença, ele é apenas um ponto de partida.

Comece já, mesmo que o plano de engravidar não seja pra agora

Você não precisa estar tentando engravidar neste momento para começar a se preparar.

Aliás, o melhor momento de planejar é antes de tentar.

Tenha em mente que pequenas mudanças hoje podem encurtar o caminho rumo à maternidade amanhã.

Por isso, procurar um nutricionista especializado em fertilidade é um passo inteligente, ainda mais se esse profissional trabalhar com uma abordagem que leve em conta não só o que você come, mas quem você é.

E é claro, este profissional não pode esquecer de envolver o seu parceiro, pois, afinal de contas, a fertilidade depende 50% do óvulo e 50% do espermatozoide.

Sim, dá para engravidar depois dos 35 desde que você comece

Engravidar após os 35 é totalmente possível, mas requer preparo, consciência e ação.

Se ter um bebê lindo, forte e saudável no colo é o seu sonho, não adie os cuidados com o seu corpo.
Tenha em mente que a informação certa, no momento certo, pode evitar anos de tentativas frustradas.

E se você quer dar um passo assertivo rumo à maternidade, clique aqui para conhecer o meu programa nutricional para tentantes e futuras tentantes, o +Fértil. Nele, você vai ser acompanhada de perto por mim e fará um preparo completo na sua jornada rumo ao positivo

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